Vítima foi baleada na cabeça durante a Operação Verão, em Santos, litoral de São Paulo
A Polícia Militar confirmou que o projétil que atingiu a cabeça de uma dona de casa durante a Operação Verão em Santos (SP) partiu da arma de um dos agentes da corporação.
A ação foi registrada em 27 de março. Edneia Fernandes Silva morreu um dia após ser atingida pelo disparo do policial. A informação foi confirmada em coletiva de imprensa realizada na quarta-feira (26).
O laudo técnico apontou que a bala é da arma da PM. Segundo a polícia e relatos de agentes que estavam na ação, os militares da Rocam estavam em patrulhamento quando uma moto em alta velocidade passou no local.
Vítima era mãe de seis filhos
Os PMs teriam indicado que os dois ocupantes da moto parassem. A dupla teria atirado contra os agentes, entrando em uma praça. Os policiais atiraram em direção aos criminosos. O disparo atingiu Edneia, de 31 anos, mãe de seis filhos.
O inquérito foi concluído, com crime de homicídio culposo – quando não há intenção de matar. O policial que efetuou o disparo foi transferido de batalhão, está afastado e está “consternado” com a situação. A corporação afirmou que “darão todo o suporte à família da vítima”. A Justiça deverá analisar o caso, dando seguimento ao julgamento.
Baixada Santista: PM mata uma pessoa a cada 27 horas no primeiro trimestre de 2024
A Operação Verão, ação da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) para combater o crime organizado, terminou em 1º de abril. A ação durou quatro meses e resultou na morte de 56 pessoas.
A Baixada Santista registrou o primeiro trimestre com o maior número de mortes causadas por policiais militares desde 2017: foram 79. Em comparação com o mesmo período do ano passado, quando 15 pessoas morreram, o aumento foi de 427% na letalidade policial.
Isso significa que a cada 27 horas, uma pessoa foi morta pela PM na região, composta por 8 cidades. O levantamento do SBT News foi feito com dados do Grupo de Atuação Especial de Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (GAESP) do Ministério Público de São Paulo (MPSP).
fonte: sbtnews.sbt.com.br